Mantenha o seu coração aquecido, livre da maldade, da inveja e da ganância, e alimentado pelo perdão o amor e a generosidade.
O nosso cotidiano nos cobra muita objetividade, imparcialidade e cumprimento diligente das metas, e o estresse que vem com tudo isso nos coloca um pouco fora do diapasão humano. Acabamos nos comportando como objetos, como robôs, e mais grave, acabamos tratando os outros como objetos.
Há muitos momentos em que a nossa mente é requisitada a ser fria, calculista e direta, mas temos que evitar que isso venha carregado de arrogância, prepotência e distanciamento da própria alma.
Ao nos comportarmos com frieza, vamos receber o mesmo em troca, e não é à toa que os estudos científicos mostram o dano à saúde para atendentes e comissárias de bordo que lidam diariamente com muitas pessoas, e são solicitadas a agir segundo um protocolo educado e caloroso. O sorriso forçado e frio que se obrigam a portar grande parte do dia traz dano constatável à saúde dessas pessoas.
Por outro lado, quando nos relacionamos de coração, o efeito é benéfico para nós mesmos, e uma das constatações é o nível de ocitocina elevado na nossa corrente sanguínea e que consequentemente nos agracia com uma proteção à saúde em diversos aspectos.
Temos ainda que dar de si, sermos altruísta sem almejar nada em troca, e não significa doar o que não nos serve, coisas velhas e quebradas, mas dar o que nos é caro, dar o nosso tempo e os nossos ouvidos para quem precisa.
Muitas vezes, a ajuda se resume em dar o ombro amigo e ouvir sem questionar, julgar ou condenar.
Ter problemas e enfrentar dificuldades é algo que ninguém consegue se livrar, e temos que ajudar de coração, pois vamos querer a ajuda quando for a nossa hora.
Sempre que começo um novo ano, gosto de renovar os meus propósitos mais profundos. É hora de se desligar da pressão da carreira e do trabalho, deixar de lado a busca material e procurar se sintonizar com o coração.
Temos que manter sempre o calor que nos mantém vivos, amparados pela mão que nos acolhe e a luz que nos ilumina.
Rubens Sakay (Beco)