A vida tem sido boa, e as portas se abriram quando precisei de alguma abertura.
Oportunidades não brotam como erva daninha, e temos que estar atentos para distinguir quando uma delas aparecem na nossa frente.
Durante o ano, parei por muitas vezes, pensando e me perguntando onde estavam as oportunidades. Elas estavam bem ali, e o melhor de tudo foi percebê-las, e igualmente importante foi poder aproveitá-las com mãos agradecidas.
Não posso e nem devo reclamar, tive tudo que pensei ser adequado e acho que mereci cada graça que recebi neste ano.
Poderia ter recebido muito mais, oportunidades estupendas e ganhos volumosos, mas tudo que recebi é o bastante.
O rio desce o seu curso na velocidade adequada, e devo resistir ao desejo de apressá-lo. Seria uma atitude prepotente, e uma ação impraticável.
Mesmo com toda a calma, paciência e serenidade, não posso perder tempo, pois a vida é uma só.
Aprendi que não devo perder o meu tempo precioso criticando os outros, me comparando e buscando alguma vantagem, um centímetro a mais no para-choque do meu carro.
Aprendi também que cada minuto tomando conta da vida dos outros é igualmente um minuto desperdiçado no comando da minha própria vida.
A vida é uma benção quando focamos o nosso olhar no próprio caminho.
A vida pode nos parecer injusta quando escolhemos desviar o olhar seguidamente para o caminho dos outros.
A grama do vizinho é sempre mais verde.
A comparação ininterrupta que fazemos de nós mesmos com os outros é algo natural do ser humano, mas enormemente danosa quando pensamos na nossa felicidade. Muita comparação é também muita insatisfação como comprovaram os cientistas.
Olha a nossa vida com gratidão e estender as mãos em gratidão é condição essencial para receber mais, e nos próximo ano estou pronto para receber mais.
Rubens Sakay (Beco)