Tenho que pegar leve comigo mesmo.
Muita crítica denota uma mania de perfeição que não leva a nada, aliás, é uma fonte permanente de estresse.
Quando sentir que estou me punindo mentalmente, com as cobranças excessivas batendo como sino na minha cabeça, eu devo acender o sinal amarelo, que sabe o vermelho.
Essa penitência tem alguma razão concreta? Estou sendo cobrado no trabalho? O relacionamento familiar está exigindo muito de mim? Há alguém em particular me impondo tal cobrança?
Se é que gosto de mim, tenho que fazer alguma coisa. Eu tenho que procurar sentido nessa autopunição.
O que estou querendo provar? A quem estou querendo provar, e o quê?
Muitas vezes isso se processa como uma bola de neve. Um pequeno estresse que acaba contaminando outros setores da vida, e de repente estou impondo a mim mesmo, rigores que não imponho a ninguém.
Tenho que examinar as minhas forças, as minhas qualidades e virtudes.
Devo relembrar as realizações e os momentos onde demonstrei capacidade, empenho e dedicação.
Há situações onde coloco todo o meu esforço, o melhor de mim, e devo ter sempre em mente esses momentos. Provavelmente eu estava no meu melhor.
Não sou tão ruim assim, aliás, sou capaz e não fujo da luta.
Se eu não temo as adversidades e já dei exemplo de que consigo, não tenho porque me preocupar em demasia.
Devo levantar a cabeça, autoestima elevada, amor a si mesmo e seguir adiante.
Não devo me impor nada além do razoável. Perfeccionismo não é bom.
Além do mais, devo fazer o que dou conta, e não quero me cobrar mais do que isso.
Devo me dar valor pelo que sou, e sei que estou melhorando a cada dia.
Beco