Essa é uma pergunta intrigante, e pensando bem, fazemos realmente muitas concessões pensando na nossa felicidade no futuro. Lutamos por uma carreira, conforto financeiro, casamento, filhos, e parece que estamos adiando a felicidade para um momento lá no futuro.
Tal Ben-Shahar, professor de Harvard relata sobre a pergunta que uma aluna lhe fez: que ponto da vida, com que idade poderia parar de pensar no futuro e ser feliz agora?
Projetamos um futuro melhor, uma vida mais feliz lá no futuro.
Estou fazendo tudo para ser feliz no futuro – estudando – trabalhando – me esforçando – economizando – me preparando.
Quem pensa assim, não vai ser feliz nunca – vai morrer antes.
Podemos ser feliz agora e também feliz no futuro.
Embora os benefícios no presente e no futuro possam ser conflitantes, porque pode exigir algum tipo de renúncia, é bastante possível desfrutar dos dois.
Temos que encontrar um meio de progredir na vida enquanto desfrutamos da jornada.
Podemos trocar benefícios no presente, fazer economia hoje para ganhos maiores no futuro.
Podemos estudar hoje, trocando algumas horas de lazer por uma possibilidade maior de carreira promissora no futuro.
Certamente fazemos concessões, investimos e nos sacrificamos hoje, pois pensamos em uma situação mais confortável no futuro.
Temos que evitar a obstinação pela chegada pois assim, podemos perder de vista o significado da jornada.
Nem tudo que fazemos dá resultado lá no final, e nem tudo que dá resultado traz a felicidade. Aliás, afirma Daniel Kahneman, Nobel de Economia, que não somos bons em predizer aquilo que vai nos fazer felizes. Maior razão para desfrutar conscientemente do momento presente, sem perder de vista os nossos projetos, as nossas metas no futuro.
Podemos apreciar o momento e cada passo dado, no sentido que cada um seja um momento de prazer e tenha significado para a nossa vida de maneira geral.
O foco no pote de ouro no final do arco-íris pode nos limitar de enxergar e apreciar cada etapa gloriosa da vida.
Beco