Tudo tem pros e contras.
Em tudo se ganha algo e se perde algo.
É comum fazermos um balanço de perdas e ganhos nos eventos e nas fases da vida.
É também o processo de escolhas, quando renunciamos algumas coisas para ganhar outras, e fazemos essa avaliação seja no trabalho, no casamento, nas decisões de emagrecer ou adotar hábitos saudáveis.
O crescimento pessoal e a vida em si é repleta de balanços de perdas e ganhos.
Nem sempre conseguimos avaliar previamente o que ganhamos e o que perdemos, mas ao final de cada projeto pessoal, fazemos um inventário.
Dedicamos muito tempo na pós-graduação, perdemos bons momentos com a família e reuniões com os amigos, mas ganhamos um impulso na carreira, uma vivência rica e um acervo de conhecimentos para o resto da vida.
A criação dos filhos nos priva das viagens, dos projetos pessoais, mas os ganhos em vê-los crescer e se desenvolver somam mais que qualquer perda.
Especialmente na dor, quando estamos enfrentando dificuldades, não enxergamos o que estamos ganhando, mas certamente ganhamos e vamos perceber isso com o tempo.
Como diz Lya Luft no seu livro Perdas e Danos, ”.. a passagem do tempo não é a perda da juventude, mas a conquista da maturidade….a vida não tece apenas uma teia de perdas, mas nos proporciona uma sucessão de ganhos.”
E tudo que ganhamos, estamos também sujeitos a perder, embora busquemos sempre ganhar alguma coisa, e lutamos para não perder.
Porque lutamos para ganhar se podemos perder também?
Certamente porque o crescimento, a aprendizagem não se perde nunca.
A aceitação desse ciclo da vida nem sempre é fácil, até porque o mundo competitivo sempre nos lembra de que o jogo que impera é o do ganhar-ganhar.
O que vem fácil, também pode ir fácil.
O que não damos valor é porque já perdemos há muito tempo.
Beco