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Archive for 22 de julho de 2011

Hoje escrevo a postagem no aeroporto. Algo totalmente inusitado para mim, mas a semana de trabalho sofreu reprogramações e não pude fazer diferente.

Entre vôos, conexões, esperas e aeroportos, me vem o pensamento de que todos nós precisamos de um momento tranqüilo, um momento de paz.

A noite chega devagarinho, e quando esta postagem entrar no ar, ainda estarei voando o último trecho desta viagem.

Precisamos de um momento só para nós, sem demandas, prazos, multas ou cobranças.

Um momento sem esperas, expectativas, julgamentos, sem críticas, enfim, um momento sem compromissos ditos sérios.

Sei que podemos sempre nos compenetrar no momento presente, exercitar a respiração e nos abstrair do agito dessa praça de alimentação, mas agora, valorizo imensamente a traquilidade física e real, sem estímulos avulsos, descoordenados e indesejáveis.

Um momento tranqüilo na jornada diária é como uma jóia encontrada no mercado de pulgas.

Li outro dia uma recomendação de tomar cada momento do dia, fazendo de cada episódio uma experiência leve e tranqüila, de modo que ao final do dia teria uma corrente formada por inúmeros elos de tranqüilidade.

Confesso que estou muito longe disso, embora deseje ardorosamente levar a vida mais leve, sem correria, ansiedade e algumas decepções.

Sei também, e continuo buscando trazer isso lá de dentro, as expectativas impregnadas de paz e aceitação.

Aprendi que nessa exata hora, devo aceitar as coisas que me fazem sorrir.

A banda que toca harmoniosamente no piso inferior.

A moça agradecida que compartilha a minha mesa. Agradecida porque a ajudei com o seu computador que insistia em não ligar.

A paz não é o que se deseja, mas o que se faz, o que se constrói, o que se é, e também o que se deixa ir.

E assim, vou deixar ir o cansaço da espera e da ansiedade.

Beco

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