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Archive for 12 de junho de 2012

Porque nos tornamos indivíduos pouco sensíveis, pouco atentos aos próprios sentimentos?

Será que é realmente preciso um evento drástico e doloroso para romper essa couraça que desenvolvemos ao longo dos anos?

O fato é que esta armadura que carregamos, que pensamos nos proteger contra os males do mundo, nos torna lentos e insensíveis às nossas reais necessidades e significados.

Para quem usa uma armadura, o mundo parece sempre hostil e perigoso. A realidade é sempre dura, os inimigos em toda parte, e não há espaço para sentir e se emocionar.

Pode ser que isso fizesse todo sentido – no tempo das cavernas.

No mundo de hoje, a armadura faz mais mal do que bem. Ela nos isola do mundo das emoções, das experiências e da própria felicidade.

As sensações acabam chegando ao nosso coração, mas distorcidas e embrutecidas.

É preciso experimentar a vulnerabilidade, abrir o coração, deixar cair a armadura e viver a experiência humana genuína, a vida plena.

Aquilo que nos fere também nos fortalece.

Aquilo que nos ameaça também nos deixa mais capacitado para enfrentar as adversidades da vida.

Não devemos nos proteger do mundo, construindo barricadas, pois a vida vai se passar do lado de fora, e no final, não teremos participado de nada.

Viver é sentir.

Viver é ser ferido, constatar a vulnerabilidade, sentir a dor e seguir adiante, pois assim é a vida.

A vida plena é a vida consciente, vulnerável, sentida nos mínimos detalhes.

Beco

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